a cada dia
após tantos dias
mais próxima à porta
passos na madrugada
concluí naturalmente
dissimulo à tua vista
que o piso se inclinava
tangencio arestas postas
nem uma lágrima
seca partida
até ouvir as chaves
mulher de mim
casa de sal
e aqui fora chove
12.4.10
poema-diálogo nº1 ou de fazer mar
Postado por Isabela Gaia às 22:15
Assinar:
Postar comentários (Atom)
8 comentários:
me dá até vontade de escrever de novo.
(...)
Uma verdadeira escada de incêndio...
gostava mais quando se fazia mar
me disseram que era brega rs
eu acho bonito
nada vale a pena
todas almas são pequenas
cabem aqui ali em qualquer um
que se queira.
almas são despojos
que não se despem nem se tocam
espaços variáveis
forma-cor-sabor-odor
do tempo ao preencher corpos
e esconder ossos.
algumas solitárias se sentem
um pouco Sêneca.
de signos escuros
outras velam
sofrem
sucumbem.
almas são seres dentro de nós
insolúveis em egos
facilmente decompostas em sonhos
de manhã se escondem
à noite vagueiam.
Postar um comentário