tempo faltou
pra te tatear
encontrar a ponta
dos nós dos
dedos
(enquanto os tinha nas mãos)
dedilhar
tuas camas de gato
as molas castanhas
o cheiro de sono
mal sabia que
era caso urgente:
questão de fome &
sobrevivência
questão
de febre & loucura
eu, que aprendi a tomar
no dedo a gota
de azeite
provar o pão
seco na língua,
não percebi
pouco a pouco
sobre as mesas
as cadeiras
se viravam
16.6.10
cama, mesa
Postado por Isabela Gaia às 16:20
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4 comentários:
só mesmo para limpar o salão, assar nova fornada de pães e reabrir as portas aos clientes ávidos pelo diário, e não por isso menos fascinante, hábito de nutrir-se.
saudade, eu vim aqui pra te ver
(Nada está em seu lugar.)
gostei mutcho
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