Lembre-se de nós como a poeira num facho de luz
suspensos e iluminados
a dançar a última valsa
na manhã mais bonita do inverno
Lembre-se de nós resgatados da penumbra
da sombra, da terra
por uma gentileza do sol
e a concessão dos ventos
Lembre-se de nós inertes no tempo
antes de a casa acordar
e alguém se apressar em fechar a janela
para ir a qualquer lugar onde as coisas são necessárias
Lembre-se de nós absolutos inúteis
a celebrar o descuido da noite anterior
quando de uma brecha esquecida
emergimos infinitamente
10.8.08
desterro
Postado por
Isabela Gaia
às
12:08
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