Nada, mas o horror dos dias amarfanhados em obrigações. Qual fuga seria possível dentro de cada escolha? - se assim a chamamos: escolha. Longas tautologias me divertem como um dia as crianças experimentando chapéus. Por quanto tempo essa fruta tenra apodrecida na língua, perguntaria a Caio se eu mesma não fizesse tão pouco caso deste conto. Levaram-me os braços, deixaram-me pedaços mais fracos, mais vadios, como o olho e o fígado. Cante, alto se distante, algo sobre o nosso passado. Deixe-me saber, deixe-me saber. Que tudo volta ou vem de novo. Novo.
12.6.09
1.6.09
retrato
Sonhei esse avião de asas articuladas
acima das nuvens vestidos de noiva
por baixo de um céu azul honesto
coberta a vastidão das cores da terra
de um chão nunca tão seco
mar tão aguaceado
a cidade perfeitamente inóspita
pontiaguda
e o sonho me sobrevoava a alma
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Isabela Gaia
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20:03
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