12.4.10

poema-diálogo nº1 ou de fazer mar

a cada dia

                          após tantos dias

mais próxima à porta

                          passos na madrugada

concluí naturalmente

                          dissimulo à tua vista

que o piso se inclinava

                          tangencio arestas postas

nem uma lágrima

                          seca partida

até ouvir as chaves

                          mulher de mim

casa de sal

                          e aqui fora chove

8 comentários:

mari. disse...

me dá até vontade de escrever de novo.

Yane Santiago disse...

(...)

Marcos Cruz disse...

Uma verdadeira escada de incêndio...

gaia disse...
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Anônimo disse...

gostava mais quando se fazia mar

gaia disse...

me disseram que era brega rs

E. disse...

eu acho bonito

Anônimo disse...

nada vale a pena
todas almas são pequenas
cabem aqui ali em qualquer um
que se queira.
almas são despojos
que não se despem nem se tocam
espaços variáveis
forma-cor-sabor-odor
do tempo ao preencher corpos
e esconder ossos.
algumas solitárias se sentem
um pouco Sêneca.
de signos escuros
outras velam
sofrem
sucumbem.
almas são seres dentro de nós
insolúveis em egos
facilmente decompostas em sonhos
de manhã se escondem
à noite vagueiam.