10.12.08

um poema de meu amigo Daniel Barreto

com gosto de pipoca
tua boca do teu rosto minha oca
minha fuga,
me afoga em teu resto
em teu todo calor refoga
salga
agua na boca, lingua na boca.
com gotas de algodão
tua mão é minha saia de dançar baião
minha gula
me engula doce, me despedace
como um algoz, coma a gosto
a caminho do rosto, carinho no rosto
foi meu colo louco
quem te quis
encima do sonho
vem seu teto torto
sem paredes vis
cimentado meu coração

2 comentários:

Anônimo disse...

Será preciso migalhas de pão que nos relembrem o caminho que percorremos durante o crescimento?
As vezes penso que tu carrega passarinhos nos ombros - e que os danados te distraem cantando enquanto bicam os farelos que tu espalha nas tuas andanças...

Heitor F.M. disse...

1. falta uma revisão neste poema, não acha? revisão, digo, da linguinha chata portuguesa. pouca coisa para o poema ganhar.
2. este chato gramatical postou um poema novo; será que você vai gostar? se chama "Um a mais". Estive hoje com o pai do seu amigo --- com o nuno, que participou de uma palestra linda, linda... pena que vc não viu. já leu o "ó", do nuno? ai, ai, moça, não perca tempo, é um livro essencial para qualquer um que tenha aquela coisa que faísca no corpo. e vc tem. seus textos dizem isso.
bjs, do heitor (ai, cansei de ser o profe...).